terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sem Combatente

sinto tudo isto,
como arma sem combatente.
um indigente
pelo pulso marcado.
sinto,
muito por não saber
como se fala dos que sentem.
agarro-me
do imenso horizonte.
sei que lá tenho caminho
não porque veja telas
em finais felizes pinceladas
mas porque meu rosto
foi lá timbrado num tempo
em que não era nosso.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sexto sem sentido

estas ruas
atravessam sonhos
os dias são vidas
e as noites têm donos
Rumo norte, sul
Sigo ausente
Vivo Chakra
Cálice dourado
por detrás do pensamento
um momento a seguir ao outro
adivinho no teu rosto
sem ler nos traços fortes
que o universo cega
quem ama
como se amar
tornasse a doença um vício
aos olhos do coração
não deverei partir
sem pelo menos
dizer-te isto
e tudo mais
que no pensamento escondo
o quanto não sinto
por devagar fechar os olhos
o quanto não irei ver
se o meu coração
deixar de bater